Em Soho no bairro de Londres na casa de número 28 da Charlotte Street, suas paredes escondia o discreto ramo de madame Berkley, a pioneira do Sadomasoquismo. Ela inventou mil e uma maneiras de dar prazer e dor no seu bordel. Madame Theresa Berkley não ficou só no chicotinho, usava diversos tipos de varas, flagelos com diversas pontas de metal, agulhas e, acima de tudo, a sua obra-prima macabra: o Cavalo de Berkley. Quem o descreveu foi um nobre inglês vitoriano aficionado em sacanagem, chamado Henry Spencer Ashbee. Era uma espécie de pau-de-arara móvel, que podia ser girado em 360 graus na horizontal e vertical. Sem muito esforço, a madame - ou as moças e os rapazes que trabalhavam para ela - infligiram a dor exatamente no ponto desejado pelo cliente. Havia na Londres de então diversas casas especializadas em flagelação, como as da senhora Collet e da senhora Emma Lee. No meio, contudo, madame Berkley era a rainha, na hora de baixar o cacete, ninguém a superava. Entre os clientes conhecidos de madame Berkley se encontrava o rei da Inglaterra, George 4º. George era habitué público das casas de flagelação de Londres. O ano em que Theresa Berkley morreu, 1836, foi o do nascimento de Leopold Ritter Von Sacher-Masoch, escritor que originaria o termo "masoquismo", por causa de seu romance Vênus de Peles(1870), que tratava de um homem que gostava de ser humilhado pela amante.
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
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