Insulina em Comprimidos

Um das novidades apresentadas durante o Fourth Diabetes Technology Annual Meeting foi o comprimido de insulina, feito por uma combinação de uma molécula carreadora de insulina, tecnologia desenvolvida pela EMISFERE (Technology of Oral Insulin Delivery). A novidade permite que parte da insulina (aproximadamente 10% ou menos) seja absorvida intacta pelo trato intestinal, entrando diretamente na circulação portal. Segundo os autores do trabalho ("Oral Insulin as First-line Therapy in Type 2 Diabetes: A Randomized Controlled Pilot Study"), Heise T e colaboradores, ela terá um efeito direto na produção hepática de glicose. Devido a sua extração na primeira passagem hepática evitará a hiperinsulinemia, que ocorre quando quantidade equivalente de insulina e dada por via subcutânea. Os autores apresentaram um trabalho duplo cego em pessoas com Diabetes tipo 2, nos quais um grupo recebeu, além do tratamento com drogas orais, cerca de 300 unidades de insulina administrada como 2 tabletes, 10 minutos antes das refeições principais e antes de deitar. Embora as doses possam parecer muito altas e a terapêutica inviável, é altamente promissor o fato de se conseguir que um peptídeo possa ser administrado por via oral, passar pelo estômago, ser absorvido e manter parte do seu efeito.

Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes