A fibra de coco, casca marrom da fruta madura, poderá ter outro destino em vez do lixo. Testes in vitro realizados no Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) mostraram que esse material tem propriedades antimicrobianas, analgésicas, antioxidantes, antivirais e antitumorais. No futuro, a fibra de coco pode se tornar uma alternativa de baixo custo para a produção de fármacos. O projeto, coordenado pelas microbiólogas Celuta Sales Alviano e Daniela Sales Alviano, investiga as propriedades biológicas do extrato aquoso da fibra do coco popularmente conhecido como ‘olho-de-cravo’ (Cocus nucifera var. típica A). Essa variedade se diferencia do coco comum (C. nucifera L) pela presença de um anel avermelhado na parte superior de sua casca. A idéia surgiu porque, na região Nordeste, a população já usava o chá da fibra desse tipo de coco para tratar diarréia e compressas feitas com o líquido para combater artrites. Testes realizados em laboratório comprovaram efeitos antimicrobianos, antivirais, analgésico, antioxidante e antitumoral da fibra. Entre as propriedades antimicrobianas verificadas no estudo, está a capacidade de combater bactérias que provocam cáries ou problemas periodontais, o que faz da fibra uma opção para a fabricação de produtos para prevenção e tratamento de doenças bucais. “Considerando o potencial analgésico e antioxidante e a baixa toxicidade (não irritação da mucosa bucal) observados em nossos estudos, acreditamos que a fibra poderá ser utilizada futuramente para a produção de um líquido de enxágüe bucal como a clorexidina [agente antisséptico usado atualmente]”, diz Celuta Alviano.
Fonte:Rachel Rimas Ciência Hoje On-line
Fonte:Rachel Rimas Ciência Hoje On-line
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